terça-feira, 25 de maio de 2010

o antes e o depois



A minha intenção é ir colocando aqui, aos poucos, uma parte dos registos fotográficos que tenho sobre a festa; não será tudo, até porque o importante é as pessoas terem curiosidade em ver a festa e não apenas contentarem-se com fotografias. No meu caso, fique claro, que a inaptidão para a arte de bem fotografar acaba por não fazer jus à beleza das cruzes ornamentadas.
Cabe esclarecer, como se pode ver, que foram ambas escolhidas de forma aleatória, pelo que não se trata da mesma cruz ( os desenhos comprovam isso mesmo).
E, também, que depois de ornamentada ou asseada a cruz é colocada na pedra, que serve para o efeito, sendo colocado em cima um menino jesus. Neste caso a ausência do menino jesus é justificada pela ausência momentânea dos donos da cruz.
Em cada post tentarei colocar algumas fotografias e dar mais algumas informações sobre esta festa tão rica do ponto de vista cultural, social e religioso.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

sobre a festa:

RIBEIRO, Margarida (1999 [1972]) "Cerzedelo e a sua Festa das Cruzes" Elementos para o seu Estudo, Gráfica Vimaranense, Guimarães.

Introdução

Há já algum tempo que deixei de resistir às redes sociais. Percebi aos poucos que esta coisa da internet tem o que se lhe diga e é bastante vantajosa! Não é uma coisa má, como muitos dizem, antes pode ser o uso que se faz dela.
É neste sentido que criei este espaço. Servindo apenas como ferramenta de divulgação espero e peço a todos que o visitem que divulguem!
Eis a Festa das Cruzes!!
Em Serzedelo, numa vila de gente simpática, lá me fui deparar com uma festa que me surpreendeu. Dir-me-ão " mais uma romaria[...]" e estarão errados. Nem sequer é preciso ser-se devoto para, de facto, apreciá-la. A festa é apreciável a vários níveis; do ponto de vista da religiosidade e devoção mas também ( e aqui reside todo o encanto) do ponto de vista artesanal e artístico que está presente no "asseamento" ou ornamentação das cruzes.
Poder-vos-ia falar nos tapetes ou alfombras mas esses são feitos em tantas mais romarias do norte de Portugal.
Nas cruzes reside o encanto desta festa. O ambiente que se vive em cada casa, as sociabilidades criadas e recriadas, os papeis desempenhados, a arte e devoção de um povo que se curva perante a cruz e que, durante este época, faz dela um modo de vida!
Eis a Festa das Cruzes!!
A vila que acorda domingo bem cedo para visitar os seus doentes. Na procissão aos Entrevados assistimos, sobretudo, ao respeito dos homens e mulheres de Serzedelo por aqueles que sofrem, por aqueles que já não os podem acompanhar, por aqueles que um dia mais tarde poderão ser eles próprios.
Entre a tradição e a modernidade, entre o rural e o urbano, entre crenças e descrenças, subsiste uma festa cheia de simbolismo não só para quem a vive e faz como para quem a vê.
Agradecimentos:
Ao povo de Serzedelo que tão bem me acolheu.
Pela abertura, simpatia, generosidade o meu especial agradecimento às 16 famílias que possuem cruz e às respectivas mordomas.
Por todo o trabalho e disponibilidade um agradecimento especial ao Centro Social Paroquial de Serzedelo e a todas as pessoas que lá trabalham!
Um agradecimento especial ao Padre Marques pela abertura e simpatia!
Um cumprimento sincero ao Presidente da Junta da Freguesia.
Um agradecimento especial a Alberto Castro, membro da comissão de festas.
Como não poderia deixar de ser à dona Conceição pelo apoio, assistência, empenho e disponibilidade que teve para comigo o meu muito obrigado!
Ao Museu Alberto Sampaio,
pelo apoio nestes estudos, muito obrigado!
À Drª Isabel, directora do Museu e à Drª Maria José um especial agradecimento.